É essencial verificar o estado de qualquer tipo de carne antes de consumi-la para evitar riscos à saúde
A segurança alimentar em casa depende em grande parte da conservação correta dos produtos frescos, especialmente da carne. Embora muitas pessoas confiem na aparência ou no cheiro para decidir se um alimento ainda é próprio para consumo, os especialistas alertam que o tempo e a temperatura de armazenamento são fatores determinantes para evitar riscos à saúde.
De acordo com as recomendações da Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) e do Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar dos Estados Unidos (FSIS), a carne crua de vaca e porco pode ser mantida no frigorífico durante três a cinco dias a uma temperatura igual ou inferior a 4 °C. No caso de peças de porco com osso, os especialistas sugerem consumi-las antes de três dias para preservar a textura ideal.
As aves de capoeira e o peru crus requerem atenção especial, uma vez que o seu período de conservação a frio é reduzido para um ou dois dias nas mesmas condições de temperatura. Se não se prevê cozinhá-los nesse prazo, o congelamento é imprescindível para evitar a proliferação de bactérias. Além disso, no caso do peru, é fundamental garantir que esteja completamente descongelado antes de cozinhar, se tiver sido previamente mantido no congelador.
O peixe e os mariscos frescos têm uma vida útil ainda mais limitada. Os especialistas recomendam armazená-los entre 0 e 2 °C e consumi-los no máximo em um a dois dias. Para prolongar a sua frescura, é aconselhável colocá-los sobre gelo ou na zona mais fria do frigorífico. Perante qualquer odor desagradável, a indicação é clara: devem ser descartados imediatamente.
Quando a carne já foi cozinhada, os tempos de conservação variam de acordo com o tipo. As preparações de vaca, porco, frango ou peru podem permanecer no frigorífico entre três e quatro dias, enquanto o peixe e os mariscos cozinhados só se mantêm seguros durante um ou dois dias.
Existem sinais inequívocos de que a carne deixou de ser própria para consumo. Entre os principais indicadores estão o cheiro ácido, amoniacal ou putrefato, a mudança de cor para tons cinza-esverdeados ou o aparecimento de manchas escuras, uma textura viscosa ou pegajosa e a presença de mofo. Perante qualquer um destes sinais, os especialistas insistem que o mais prudente é descartar o produto sem hesitar.
Para garantir uma conservação segura, a FDA e o FSIS recomendam manter o frigorífico a 4 °C ou menos e usar um termómetro para verificar a temperatura. A carne crua deve ser armazenada na parte mais baixa do frigorífico para evitar a contaminação cruzada por gotejamento.
Se não se prevê consumi-la dentro do período recomendado, o congelamento é a melhor alternativa. Além disso, etiquetar os alimentos com a data de armazenamento facilita o controlo e reduz o risco de consumir produtos em mau estado.