Uma descoberta recente pode transformar a forma como o mundo produz energia e consolidar um único país como dono de um recurso estratégico com um potencial incalculável.
Em plena corrida pelas energias limpas, uma descoberta pode mudar para sempre o equilíbrio mundial. Trata-se de um recurso natural com um enorme potencial energético, a ponto de ser considerado mais valioso que o ouro por sua capacidade de gerar eletricidade durante milhares de anos.
A descoberta não tem apenas impacto económico: também posiciona uma única nação como possível detentora da chave do futuro energético. Segundo especialistas, este mineral poderia garantir uma fonte quase infinita de energia e modificar o mapa geopolítico nas próximas décadas.
Que mineral foi encontrado e por que é mais valioso do que o ouro?
O recurso descoberto é o tório, um metal prateado capaz de produzir até 200 vezes mais energia do que o urânio. Ao contrário deste último, os reatores de sais fundidos de tório são menores, não precisam de água para arrefecer, não podem entrar em colapso e geram menos resíduos radioativos de longa duração.
A China, que já era o país com as maiores reservas conhecidas, confirmou que só na mina de Bayan Obo, na região chinesa da Mongólia Interior, haveria até um milhão de toneladas de tório. O número é suficiente para abastecer a nação durante 60.000 anos, um dado que o torna o “metal do futuro” para cientistas e governos.
O que significa esta descoberta para a China e para o resto do mundo?
O estudo, liderado pelo engenheiro Fan Honghai, identificou 233 zonas ricas em tório distribuídas desde Xinjiang até Guangdong. Muitas destas reservas encontram-se em depósitos costeiros de fácil extração ou em resíduos de minas de terras raras, que até agora eram considerados inutilizáveis.
Embora a separação do tório exija processos caros e poluentes, a China já aprovou a primeira central de tório no deserto de Gobi, que estará operacional em 2029 com 10 megawatts de potência. Além disso, estão a ser desenvolvidos projetos para navios movidos a tório e até reatores lunares capazes de sustentar bases na superfície da Lua.
Pontos-chave da descoberta
- O tório gera 200 vezes mais energia do que o urânio.
- A China concentra a maioria das reservas mundiais.
- Um único depósito poderia sustentar o país por 60.000 anos.
- A primeira usina piloto entrará em operação em 2029.
- Sua utilização está prevista em navios e missões espaciais.