Nunca se sabe quando a sorte pode sorrir para si, e isso é algo que a curiosa história do croata Frane Selak nos ensina. Nascido em 1929, Selak sobreviveu ao descarrilamento de um comboio, a um acidente de avião, a um acidente de autocarro, a dois incêndios de carro, a ser atropelado por um autocarro e a ver o seu carro cair de um precipício, ganhando o apelido de homem das sete vidas.
Depois de sobreviver a todos esses acidentes mortais, a sorte do professor de música teve, finalmente,uma reviravolta a seu favor. Em 2003, dois dias antes de completar 73 anos, Selak ganhou o equivalente a 1 milhão de dólares na loteria croata. Depois de comprar duas casas e um barco, e de se casar pela quinta vez, o homem mais sortudo do mundo dividiu sua fortuna entre seus familiares e amigos.
Ganha na lotaria duas vezes na mesma semana
Para a maioria das pessoas, esquecer de pagar as contas, deixar as chaves em casa ou não colocar o despertador para o dia seguinte é sinónimo de descuido (e de momentos ruins), mas para o britânico Derek Ladner, seu descuido lhe rendeu 1,5 milhões de dólares.
De acordo com o jornal The Guardian, Ladner foi um dos quatro vencedores de um prémio partilhado de mais de 3 milhões de dólares ao jogar os seus números habituais durante um sorteio da lotaria da Inglaterra.
A surpresa foi dupla quando, uma semana depois, o nativo da Cornualha tirou do bolso um bilhete idêntico, válido para o mesmo sorteio, lembrando-se imediatamente que tinha apostado nos mesmos números duas vezes. Este pequeno descuido levou-o a duplicar os seus ganhos em menos de uma semana e a tornar-se uma das histórias mais curiosas dos vencedores da lotaria.
«O que nunca tiveste, não vais sentir falta»
Esta foi a explicação que o casal de septuagenários Allen e Violeta Large deu quando decidiram doar a sua fortuna de mais de 11,2 milhões de dólares ganha na lotaria do Canadá. Uma história curiosa que apareceu nos meios de comunicação em 2010.
Apesar de Violeta estar a fazer tratamento contra o cancro, os vencedores doaram todo o dinheiro do prémio aos seus amigos, familiares, igrejas, hospitais, à Cruz Vermelha, ao Exército da Salvação e ao corpo de bombeiros da sua localidade, alegando que essa fortuna poderia trazer-lhes mais problemas do que benefícios, como pessoas curiosas e indesejáveis que perturbariam a sua vida tranquila.
«Somos pessoas muito afortunadas e não temos queixas nem reclamações a fazer à vida», afirmaram na altura.
Ao contrário da história anterior, Brad Duke ficou com a sua fortuna. Em 2005, ganhou 220 milhões de dólares jogando na Jackpot, mas, em vez de gastar o dinheiro apenas em carros, viagens, casas ou qualquer outra extravagância habitual dos vencedores da lotaria, decidiu usá-lo para contratar consultores que fizeram o seu dinheiro crescer até 1 bilião de dólares em 10 anos.
É claro que Duke comprou coisas como o resto do mundo, além de pagar todas as suas dívidas e tirar algumas férias, mas depois dedicou-se a investir e a criar fundos para a sua família.
Essa mesma história se repetiu com Patricia e Merle Butler, um casal aposentado de Illinois que ganhou uma quantia recorde de 656 milhões de dólares na Mega Millions. Depois de receber o prémio, os vencedores procuraram imediatamente consultores financeiros para saber mais sobre as opções para investir o seu dinheiro.
Esta não é exatamente uma das histórias mais curiosas no que diz respeito a ganhar na loteria, mas sim sobre alguém que estava prestes a ganhar, quase sem querer. Em 2013, Manuel Reija, um vendedor de uma agência em A Coruña, Espanha, encontrou um bilhete perdido no balcão da agência.
Ao verificar os números, percebeu que correspondiam a um prémio de 6,3 milhões de dólares.
O espanhol decidiu entregar o bilhete na delegação de lotarias de A Coruña. Na altura, Reija disse ao La Voz de Galicia que nunca poderia ter vivido pensando que se tratava da fortuna de outra pessoa.
E o final feliz desta história? Bem, Manuel poderá em breve ver a sua honestidade recompensada. Depois de investigar 220 pessoas que se proclamavam donas do bilhete (e, portanto, vencedoras), o vendedor de lotaria estava prestes a receber o dinheiro em 25 de setembro de 2015. No entanto, um tribunal de A Coruña prolongou a data de expiração do prazo previsto na lei devido a uma ação civil. Força, Manuel!