A empresa do Google dispara na bolsa depois que o juiz descartou a venda do navegador Chrome devido ao caso antitruste. As empresas de tecnologia dos Estados Unidos vivem uma era de ouro na era da inteligência artificial (IA).
A Alphabet, sob a qual se encontra a Google, entrou para o seleto grupo das três mil milhões de avaliação. Desta forma, os EUA contam com quatro empresas nesse intervalo, uma vez que a Nvidia, a Apple e a Microsoft já figuravam nessa lista.
As ações da gigante das buscas subiram mais de 4% na segunda-feira, o que permitiu dar o salto para esse patamar. A empresa já tinha registado uma subida importante no início de setembro. Na altura, o juiz decidiu que a Google não deveria desfazer-se do seu motor de busca Chrome devido ao processo contra esta empresa pela aplicação da lei antitrust, algo que era muito temido pelos investidores.
O Departamento de Justiça, que conseguiu no ano passado uma condenação por monopólio ilegal, exigiu, ao proferir a sentença, que essa cisão ocorresse para permitir a concorrência, tanto na pesquisa como na publicidade.
Mas o juiz Amit Mehta, o mesmo que impôs a condenação, opôs-se a proferir a pena mais severa que o governo havia proposto. Isso fez com que as ações disparassem para um recorde. Após essa grande alta, o presidente Donald Trump parabenizou a empresa por ter tido “um grande dia”. O caso vinha da administração de Joe Biden, então o sucessor pareceu não se importar.
As ações da Alphabet entraram esta semana com um aumento de mais de 30% no ano, em comparação com os 15% de ganho do Nasdaq.
O marco de três biliões ocorre vinte anos após o Google ter começado a ser cotado na bolsa e pouco mais de dez anos desde que a sociedade Alphabet foi criada como holding, sendo o Google a sua principal subsidiária.
Sundar Pichai foi nomeado diretor executivo em 2019, substituindo o fundador Larry Page. Ele enfrenta o desafio da concorrência com a IA e as regulamentações nos EUA e na Europa.