“É um momento fantástico para a investigação dos plesiossauros”, afirmam. Surpreendente descoberta na Alemanha. Há 183 milhões de anos, um lagarto de pescoço longo, um plesiossauro, afundou-se e acabou no leito marinho que pouco depois se tornou a Europa continental. Desde que foi desenterrado em 1978, no sudoeste desse país, os investigadores estudaram o seu esqueleto perfeitamente conservado, mas nunca conseguiram decifrar de que espécie se tratava. Até agora.
Segundo publica o meio de comunicação dinamarquês Videnskab, o resultado foi histórico: uma espécie que nunca antes tinha sido registada, um Plesionectes longicollum. Ida Bonnevier Wallstedt, paleontóloga do Museu Natural da Dinamarca, afirma que os plesiossauros «eram um grande grupo de répteis que viviam no mar, ao mesmo tempo que os dinossauros», há aproximadamente 203 milhões de anos, até ao impacto do meteorito há 66 milhões de anos.
Em declarações recolhidas pelo meio de comunicação, ela afirma que «viviam na maior parte do mundo». Em linhas gerais, diz ela, podem ser divididos em dois grupos: «os que têm pescoços curtos e cabeças grandes, e os que têm cabeças pequenas e pescoços longos». O plesionectes longicollum de que trata o novo estudo era do último tipo.
Bonnevier comemora que “é um momento fantástico para a investigação dos plesiossauros”. “Nas últimas décadas, é quando realmente começámos a observar mais de perto o tecido mole nos fósseis: por exemplo, a pele petrificada”, explica. “Isso dá-nos uma visão completamente diferente da vida desses animais”. Além disso, os investigadores estão a obter novas ferramentas para estudar os fósseis.
Ele conta que a descoberta seria impensável há dez anos. Bonnevier acredita que os plesiossauros estão «muito à sombra dos dinossauros». «A cultura popular está a começar a perceber o quão fascinantes eram os diferentes répteis marinhos, por exemplo, com os mosassauros nos filmes de Jurassic World», conclui.