Esta erva é peça-chave em tratamentos eficazes contra a malária. Apesar de o seu uso na medicina tradicional chinesa remontar a vários anos atrás, para muitos esta planta e as suas propriedades curativas ainda são desconhecidas.
Estamos a referir-nos à planta Artemisia annua, uma erva anual originária da Ásia, conhecida principalmente por conter artemisinina, um composto utilizado no tratamento da malária.
Além disso, os medicamentos à base de artemisinina são considerados de primeira linha no combate à malária causada pelo Plasmodium falciparum.
Além disso, a planta tem sido investigada pelas suas possíveis propriedades anti-inflamatórias, antivirais e anticancerígenas; no entanto, estas aplicações não têm a mesma solidez científica que o uso antimalárico.
Na medicina tradicional chinesa, a Artemisia annua (chamada qinghao) tem sido usada há séculos para tratar a febre e outras doenças.
Quais são as propriedades curativas da planta Artemisia annua
Como mencionamos anteriormente, as principais propriedades curativas atribuídas à planta Artemisia annua estão relacionadas ao seu conteúdo de artemisinina e outros compostos ativos.
Estudos e evidências científicas comprovam claramente a sua eficácia no tratamento da malária; no entanto, também foram documentados outros possíveis benefícios, entre os quais se destacam os seguintes:
- Antimalárica: A artemisinina, extraída da Artemisia annua, é o princípio ativo fundamental nos tratamentos modernos contra a malária grave produzida pelo Plasmodium falciparum. É utilizada em combinação com outros medicamentos para prevenir resistências.
- Antiviral: Alguns estudos preliminares exploraram o potencial da planta contra vírus como a hepatite B, o VIH e, mais recentemente, o SARS-CoV-2.
- Anti-inflamatório e antioxidante: Certos compostos presentes na Artemisia annua demonstraram atividade anti-inflamatória e antioxidante em modelos celulares e animais.
- Antiparasitário: Além da malária, foi analisada a sua possível eficácia contra outros parasitas, como algumas espécies de leishmanias e tripanossomas, embora os resultados ainda se limitem a estudos laboratoriais.
- Antitumoral: Existem investigações sobre o potencial da artemisinina para afetar o crescimento de células cancerígenas em estudos in vitro.
Embora atualmente a farmacopeia oficial da China inclua esta erva seca entre os seus remédios aprovados para febre e malária, a Organização Mundial da Saúde (OMS) só reconhece oficialmente o uso de medicamentos derivados da artemisinina para o tratamento da malária.
Nesse sentido, a mesma instituição desaconselha o consumo da planta como infusão ou extrato para outras condições, pois não é aprovado pelas autoridades sanitárias e pode apresentar riscos.
O uso tradicional consiste em preparar infusões com folhas secas, mas a concentração de artemisinina na planta varia muito, o que pode levar à ineficácia ou toxicidade.
Por outro lado, no que diz respeito aos suplementos em pó ou cápsulas, estes produtos não são regulamentados e a dosagem dos compostos ativos é geralmente incerta. Não existem recomendações médicas oficiais.